«Canções para abreviar distâncias», Isabella
Bretz
Ensinar e aprender Português
Sabemos que a música é transformadora e contitui-se como um veículo ímpar para abreviar distâncias, particularmente nos tempos turbulentos que atravessamos, assim como um recurso com elevado potencial para a aprendizagem das línguas estrangeiras.
O trabalho musical, «Canções para abreviar distâncias», Isabella Bretz, com a participação de Rodrigo Lana e Matheus Félix baseia-se em oito poemas musicados de poetas dos
países de língua oficial portuguesa espelha a diversidade que a atravessa no modo de ser, pensar, sentir, estar e ler o mundo. É um mundo vasto, porque da língua portuguesa se vê o mar, como o refere Vírgilio Ferreira:
«Uma língua é o lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso, a voz do mar foi a da nossa inquietação.»
É um dos recursos utilizado pela Professora Cássia
de Abreu, docente no Departamento de Linguagens e Literaturas em Português e
Espanhol, da Universidade Estadual de S. Diego, nos Estatos Unidos (USA / Califórnia), para ensinar português aos
alunos do nível intermédio (Quarep: B1/B2).
Do álbum, inteiramente disponível no canal de
YouTube da cantora e compositora Isabella Bretz, também faz parte da Fonoteca
do Museu Virtual da Lusofonia, um projeto da Universidade do Minho.
De acordo com a notícia da Plataforma Média, que
transcrevemos, “A música ajuda na aprendizagem”, explicou à Lusa a
professora.
“É uma conexão cognitiva e emocional que os
alunos criam, um vínculo com a música e com a voz. Quero apresentar o mundo
lusófono aos meus alunos através da música e da cultura”, acrescentou.
Uma vez que as letras cantadas por Isabella
Bretz são poemas originários dos quatro cantos da lusofonia, cada grupo de alunos
escolheu um país para pesquisar e analisar.
“Eles tinham que partir do autor, quem era no
tempo e no espaço daquele país, a localização geopolítica, histórica, e a sua
carreira”, descreveu Cássia de Abreu.
Os resultados superaram as expectativas, garantiu
a docente, o que validou o projeto e significa que irá continuar nos próximos
anos letivos.
“Eles saíram a falar mais fluentemente,
entendendo muito mais sobre a importância do português pelo mundo, a validade
de falar português”, frisou.
Não só o semestre foi baseado no álbum como a
própria artista Isabella Bretz participou ativamente no processo,
disponibilizando-se para ser entrevistada pelos estudantes, ajudando na
pesquisa de materiais e assistindo à apresentação dos projetos finais.
“Quero continuar, porque o resultado do projeto
foi muito positivo, tanto como ferramenta linguística para desenvolver a
fluência deles como também temática de discussão nas aulas de português”, disse
Cássia de Abreu.
“Eles vão sair do programa com uma visão global
da lusofonia”, assegurou.»
Estamos perante uma proposta de abordagem pluricêntrica da aprendizagem do português, uma língua que se vem afirmando atualmente no espaço económico internacional.
Recordamos que em 2012, uma equipa do equipa do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE - IUL), publicoua obra “Potencial Económico da Língua Portuguesa” (Luís Reto, Org./ Texto Editores) que foi apresentada na sede do Camões, IP a 5 de dezembro de 2012, pelo professor universitário a agora Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo do o IC- Instituto Camões «O livro indica a existência de 254,54 milhões de «falantes nativos» de português, correspondente às populações dos 8 países de língua oficial portuguesa.
Este universo de falantes e países corresponde a 3,66% da população mundial e a 3,85% do PIB mundial, respetivamente. Os estudos colocam a língua portuguesa entre a dezena de idiomas “supercentrais”, que rodeiam o inglês “hipercentral” e vaticina-lhe “um lugar de relevo no contexto mundial deste novo século”, ao falar do “efeito de rede”.
Este efeito, estudado para outras áreas, como as telecomunicações ou as redes sociais, postula que «o valor económico da língua resulta sobretudo das economias de rede que lhe estão associadas. Quanto maior o número e a riqueza dois utilizadores de um idioma, maior o seu valor para o utilizador».
Uma exposição “Potencial Económico da Língua Portuguesa”,organizada pelo Camões, IP e coordenada pelo ISCTE, esteve patente no Parlamento Europeu de 18 a 21 de fevereiro de 2014 e retomou os conteúdos do livro homónimo.
Nesta língua onde habita o mar, o abraço, a saudade e a morabeza, que é um geito muito caloroso de acolher, de receber carinhosamente, quem nos visita, convidamo-lo a ouvir o trabalho musical, «Canções para abreviar distâncias», Isabella Bretz:
Pela Terra inteira, a azáfama é muita para saudar o Ano Novo Chinês de 4718. Este ano festeja-se sob o signo do Boi de Metal, que tem como características o trabalho árduo, o apego às tradições, a procura de segurança e estabilidade, a disciplina, a observância de regras de conduta, a perseverança e a resiliência.
O calendário chinês remonta a 14 séculos a.C. e é simultaneamente solar e lunar.
A China só adotou o calendário gregoriano (1582), por determinação do Presidente Mao Tsé-Tung, no dia 1 de outubro de 1949.
Os
chineses sempre associaram o seu dia a dia à natureza, principalmente aos animais,
devido à sua forte ligação à agricultura. Um rio a serpentear, pode ser
comparado, por exemplo a um dragão, tal como o rio Heilongjiang [黑龙江 ],
A partir
da dinastia Qing (1644-1911), os anos começaram a ser representados por
animais.
De acordo
com a tradição, Buda convidou todos os bichos à face da terra para uma festa, Porém,
somente alguns compareceram, pela seguinte ordem: primeiro o rato, a que se seguiram o boi, o tigre,
o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, o carneiro, o macaco, o galo, o cão e
o javali.
Segundo a
tradição chinesa, cada ano corresponde a um animal num conjunto de doze.
Cada um
dos 12 signos está associado a cinco elementos (五行, wŭ xíng: "cinco" [Wu] e "andar" [Hsing/Xíng]),
água (水), madeira (木), fogo (火),
metal (金) e terra (土),
que se repetem em ciclos de 60 anos. Este ano celebra-se o Ano do Boi de Metal.
2021, ANO DO BÚFALO
Lenda de Ano Novo Chinês
contada pela Madga, monitora do serviço educativo do Museu do Oriente
O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festa da Primavera, é a data mais importante para todos os chineses. Celebra-se com fogo-de-artifício (bàozhú), a partir da meia-noite, para espantar «Nián» um animal mítico e feroz, e visitam-se os familiares. Embrulham-se presentes em papel vermelho, sinbal de felicidade, alegria e boa sorte, e oferece-se dinheiro às crianças num envelope vermelho muito belo (紅包; hóngbāo), que simboliza a sorte, onde se encontram inscritos os votos de felicidades (福 - FÚ):
Na véspera, faz-se uma limpeza profunda à casa, colocando cartazes dirigidos às divindades nas portas da frente. O símbolo福- FÚ, também é colocado em todas as portas dentro de casa, de cabeça para baixo, o que significa a chegada da fortuna e da felicidade no ano novo.
O jantar de família tem um menu muito rico e diversificado. O prato principal é peixe鱼 [yú]. Simmboliza a prosperidade e a abundância do novo ano que está a chegar (Paulinas, 2019), símbolo que também aparece na expressão 年年有馀
(nián nián yǒu yú), que significa «que a abundância te acompanhe todos os anos». Deseja-se um Feliz Ano Novo:
新年快乐! Xīn Nián Kuài Lè!
O início do ano chinês é conhecido como o momento do maior fluxo de migração mundial. Milhares de chineses, dentro e fora da China, fazem os possíveis e os impossíveis para voltar a casa e participarem nos encontros e jantares de família que acontecem nesta época do ano. Porém, este ano, devido à pandemia, tal como no resto do mundo, há grandes restrições à mobilidade e as celebrações terão de ser muito mais modestas.
De qualquer modo, não faltarão as canções de Ano Novo:
As festividades prolongam-se durante 15 dias e os chineses deslocam-se por toda a China para celebrar com a família. No último dia, encerram-se com o Festival das Lanternas, “元宵節” (Yuánxiāojié), que remonta à dinastia Han (206 a.C a 220 d.C), assinala retorno da primavera e simboliza o reencontro de família.
Em tempos de isolamento como este, em que os encontros se tornaram preciosos, o Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade, em Almada, com ensino do mandarim como língua estrangeira (LE III), deseja-lhe um Bom Ano Novo Chinês!
Hoje, celebra-se o Ano Novo chinês - O Ano do Boi - e o Festival da Primavera!
新年快乐! Xīn Nián Kuài Lè!
Feliz Ano Novo!
Esta é uma ocasião interessante para se decidir a aprender mandarim, uma decisão assaz desafiante!
Em Portugal, há três Institutos Confúcio (Hanban), na Universidade do Minho, inaugurado em dezembro de 2005, na Universidade de Lisboa, em abril de 2008,e a mais
recententemente, na Universidade de Aveiro, em abril de 2015, onde se pode aprender a língua e a cultura chinesas, nomeadamente online.
Também se pode aprender em escolas portuguesas, como língua estrangeira III. O ensino é promovido pelo Hanban-Instituto Confúcio, na China, que é o congénere do nosso Instituto Camões.
Vários alunos do Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade em Almada, já o fazem desde 2015! Fomos uma das primeiras cinco escolas públicas pioneiras no ensino do mandarim.
Tivemos o privilégio de ter connosco os seguintes professores:
2015-2017 - Guan Xudong
2017-2018 - He Hongyang
2018-2019 - Song Bowen
A Prof.ª Yang Ruixia exerce funções na nossa escola secundária, como professora de mandarim, desde 2019.
Porquê aprender Mandarim (Língua Oficial Chinesa)?
Porque, responde o Instituto Confúcio da ULisboa:
• é uma língua em grande desenvolvimento no mundo;
• abre as portas para uma das culturas mais antigas e fascinantes, permitindo apreciar melhor o seu vasto património cultural;
• a China é uma economia crescente a nível mundial, sendo já uma grande potência económica com interesses em países de língua oficial portuguesa;
• ter conhecimentos de chinês é um elemento diferenciado num CV e no ambiente de trabalho;
• em termos empresariais é extremamente útil e ajuda a cimentar relações com parceiros comerciais chineses;
• aprender uma língua tão diferente da língua materna e ser capaz de a falar, bem como de ler e escrever os caracteres chineses é um desafio e uma atividade estimulante com benefícios a vários níveis.
Shao Lan Hsueh explica-lhe «como reconhecer as ideias por trás dos caracteres e o seu significado, construindo conceitos mais complexos, a partir de algumas formas simples. Chamem-lhe "chinês fácil"», refere a TedTalks.
E como é que se escrevem os catacteres?
Vá lá! :) Decida-se e divirta-se! Aprenda Mandarim! :)
Competição dos
tons -O Mundo mágico dos tons na língua
chinesa
«O Instituto Confúcio da Universidade do
Minho tem a honra de os convidar a assistir à Final do Concurso “O MundoMágico dos Sons e Tons da Língua Chinesa”, a qual será transmitida em direto
na página de Facebook do Instituto Confúcio da Universidade do Minho, no dia
13 de fevereiro, no seguinte horário:
Nível I - 17h30
Nível II - 18h30
Nível III - 19h30
Este concurso tem como principal objetivo estimular o
entusiasmo e interesse para a língua e a cultura chinesas dos nossos alunos,
dando-lhes a oportunidade de demonstrar as suas aptidões, neste caso em
específico, a oralidade.
No dia 12 de fevereiro, celebra-se o Ano Novo Chinês, que este ano se festeja sob o signo do Boi de Metal, que tem como características o trabalho árduo, o apego às tradições, a procura de segurança e estabilidade, a disciplina, a observância de regras de conduta, a perseverança e a resiliência.
Deste modo, divulgamos, via DGesTe - Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, que os diretores do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, Sr. Professor Carlos Morais e sr. Professora Han Ying, convidam a participar no workshop do «Ano Novo Chinês 2021 – Ano do Boi», que, este ano, devido à pandemia, será online.
Acede-se a esta sessão online, que se realiza no dia 13 fev. 2021 , às 17h00 (GMT), através do seguinte link: