UNESCO declara Bonecos
de Estremoz como Património Cultural Imaterial
A UNESCO classificou hoje como
Património Cultural Imaterial da Humanidade a produção dos "Bonecos de
Estremoz", em barro, uma arte popular com mais de três séculos.
A decisão, que ocorreu pelas 01:05 (hora
de Lisboa), foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os
festejos exibiu exemplares de "Bonecos de Estremoz".
Presente na sessão, o embaixador de
Portugal na Coreia do Sul, Manuel Gonçalves de Jesus, mostrou-se "bastante
satisfeito" com o reconhecimento da UNESCO. (…) O diplomata saudou
ainda os responsáveis da candidatura portuguesa, principalmente os artesãos que
produzem os "Bonecos de Estremoz".
O presidente do município de Estremoz,
Luís Mourinha, também já se manifestou "muito feliz".
"No fundo é um momento grande da história de Estremoz em termos da sua
classificação, das suas gentes, porque o figurado de barro representa tudo o
que é o trabalho, tudo o que é a dificuldade dos alentejanos e dos
estremocenses em particular", disse o autarca à agência Lusa.
De acordo com Luís Mourinha, a UNESCO
valorizou os "Bonecos de Estremoz", uma arte popular em barro com
mais de três séculos, pela "visão do artista, do artesão sobre a sua
envolvência". (…)
Os "Bonecos de Estremoz"
pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história,
tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património
Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela
Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.
A candidatura teve como responsável
técnico o diretor do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.

Em Estremoz, trabalham atualmente nesta
arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima
Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo
Fonseca.
Texto: Extracto | Diário de Notícias (DN), 7 de dezembro de 2017
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