MONSTRA MARINA - Do real ao imaginário
Na semana da leitura, investigadores do CHAM da Universidade Nova de Lisboa, realizaram duas palestras intituladas “Monstra Marina” e «Arqueologia subaquática» dirigidas alunos do 3º ciclo e ensino secundário da Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade.
Os alunos foram convidados a realizar uma viagem desde os primórdios da navegação e do conhecimento do mundo, onde todos os fenómenos que apresentassem forma, tamanho e ruídos fora do comum, eram apontados como monstros. Os marinheiros e a população da época temiam a Monstra Marina. Observaram várias gravuras da época e conversaram sobre os aspetos históricos e mitológicos que habitam o imaginário popular, há muitos séculos. A Monstra, disseram, consistia no modo como as pessoas entendiam o avistamento de baleias ou cachalotes, animais desconhecidos, que deram origem a uma cartografia que, para além dos territórios conhecidos, monstros marinhos de várias formas e feitios eram alusivos ao que, hoje, chamamos e identificamos como baleias, pelos esguichos representados sobre as suas cabeças.
Havia o hábito de atribuir o nome de animais terrestres a estas criaturas marinhas: vaca-marinha, lobo-marinho, cavalo-marinho, entre outros, que originaram muitos mitos.
No âmbito da sessão sobre «arqueologia subaquática», o CHAM deu a conhecer os principais tipos de sítio conservados em ambientes submersos, considerando os processos de formação do registo arqueológico, algumas da metodologias de prospeção, escavação e registo de contextos arqueológicos submersos e alguns procedimentos para a identificação de materiais específicos relacionados com aspetos da cultura marítima.
Os alunos, por último, levantaram várias questões e realizaram trabalhos que foram expostos na Oficina da cultura, em Almada, na semana cultural do agrupamento, conforme os registos abaixo indicados:
Imagens: biblioteca do AE Anselmo de Andrade